sábado, 15 de dezembro de 2012

Faleceu Santa


Faleceu: Elisa Sousa Hermano, da Paróquia da Santa. O seu funeral será amanhã, Domingo, pelas 16h30 na Igreja Paroquial da Santa. A toda a sua Família apresentamos as nossas condolências.
Dá-lhe Senhor o Descanso Eterno

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mensagem de Bento XVI para a celebração do 46.º Dia Mundial da Paz (01-01-2013) - Agência Ecclesia

Mensagem de Bento XVI para a celebração do 46.º Dia Mundial da Paz (01-01-2013) - Agência Ecclesia

Bento XVI: Mensagem para o Dia Mundial da Paz

Bento XVI: Mensagem para o Dia Mundial da Paz critica crescimento económico à custa da «função social» do Estado - Agência Ecclesia

Do Cântico Espiritual de São João da Cruz, presbítero (Estr. 36-37) (Sec. XVI)

São João da Cruz
 (imagem da internet)

Conhecimento do mistério escondido em Cristo Jesus

Por mais mistérios e maravilhas que tenham descoberto os santos Doutores e entendido as almas santas neste estado de vida, o melhor fica-lhes por dizer e até por entender.
Efectivamente, há muito que aprofundar em Cristo, porque Ele é como uma mina abundante com muitas cavidades cheias de tesouros, que por mais que afundem nunca lhes encontram fim nem termo, antes em cada cavidade vão encontrando novas veias de novas riquezas.
Por isso disse São Paulo, falando de Cristo: N’Ele estão todos os tesouros da sabedoria e da ciência, nos quais a alma não pode entrar nem a eles pode chegar, se, como dissemos, não passar primeiro pela estreiteza do padecer interior e exterior. Porque mesmo ao que nesta vida se pode alcançar desses mistérios de Cristo não se pode chegar sem ter padecido muito e recebido muitas mercês intelectuais e sensitivas de Deus, e sem ter precedido muito exercício espiritual, porque todas estas mercês são mais baixas que a sabedoria dos mistérios de Cristo, pois todas elas são como disposições para chegar a esta sabedoria.
Oh se se acabasse já de entender que não se pode chegar à espessura e sabedoria das riquezas de Deus, que são de muitas maneiras, senão entrando na espessura do padecer de muitas maneiras, pondo nisso a alma a sua consolação e desejo! E como a alma, que deveras deseja a sabedoria divina, deseja primeiro padecer, para entrar nela, pela espessura da cruz!
Por isso admoestava São Paulo aos Efésios, que não desfalecessem nas tribulações, que fossem bem fortes e arraigados na caridade, para que pudessem compreender com todos os santos, qual seja a largura e o comprimento e a altura e a profundidade, e conhecer também aquele amor de Cristo, que excede toda a ciência, para serem cheios de toda a plenitude de Deus. Porque para entrar nas riquezas desta sabedoria, a porta é a cruz, que é uma porta estreita, e desejar entrar por ela é de poucos; mas desejar os deleites a que se chega por ela, é de muitos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Imaculada Conceição Das Meditações de Santo Anselmo, bispo (Oratio 52: PL 158, 955-956) (Sec. XII)



Ó Virgem, pela tua bênção é abençoada toda a criatura

O céu, as estrelas, a terra, os rios, o dia e a noite, e tudo quanto está sujeito ao poder ou ao serviço dos homens se alegram, Senhora, porque, tendo perdido a sua antiga nobreza, foram em certo modo ressuscitados por meio de Ti e dotados de uma graça nova e inefável.
Todas as coisas se encontravam como mortas, por terem perdido a sua dignidade original de servir o domínio e o uso daqueles que louvam a Deus, para que tinham sido criadas; encontravam-se esmagadas pela opressão e desfiguradas pelo abuso que delas faziam os servos dos ídolos, para os quais não tinham sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, felicitam a Maria, ao verem-se governadas pelo domínio e honradas pelo uso daqueles que louvam o Senhor.
Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria, ao sentir que Deus, seu Criador, não só as governa invisivelmente, lá do alto, mas também está visivelmente presente no meio delas e as santifica com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do fruto bendito do ventre sagrado da Virgem Maria.
Pela plenitude da tua graça, o que estava cativo na região dos mortos exulta de alegria ao ver-se libertado, e o que estava ainda no mundo regozija-se ao sentir-se renovado. Pelo poder do Filho glorioso da tua gloriosa virgindade, os justos, que morreram antes da sua morte vivificadora, alegram-se ao ver destruído o seu cativeiro, e os Anjos regozijam-se ao ver restaurada a sua cidade quase em ruínas.
Ó Mulher cheia de graça, superabundante de graça, a tua plenitude transborda para a criação inteira e a faz reverdescer. Virgem bendita, entre todas as coisas bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza, não só a criatura pelo Criador, mas também o Criador pela criatura.
Deus entregou a Maria o seu próprio Filho, o seu Filho Unigénito, igual a Si, a quem amava de todo o coração como a Si mesmo. No seio de Maria, Deus formou o Filho, não distinto, mas o mesmo, para que realmente fosse um e o mesmo o Filho de Deus e de Maria. Tudo o que nasce é criatura de Deus, e Deus nasce de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria gerou a Deus. Deus, que criou todas as coisas, fez-Se a Si mesmo por meio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele, que pôde fazer todas as coisas do nada, não quis refazer sem Maria o que tinha sido arruinado.
Por esta razão, Deus é o Pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai a quem se deve a constituição do mundo, e Maria a mãe a quem se deve a sua restauração. Pois Deus gerou Aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz Aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou Aquele fora do qual nada existe, e Maria deu à luz Aquele sem o qual nada subsiste. Verdadeiramente o Senhor está contigo, pois quis que toda a criatura reconhecesse que deve a Ti, com Ele, tão grande benefício.                              

Partilhem


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Da Exposição de São João Damasceno, presbítero, sobre a fé (Cap. I: PG 95, 417-419) (Séc. VIII)

Vós me chamastes, Senhor, para servir os vossos discípulos

Vós me formastes, Senhor, do corpo de meu pai; Vós me formastes no ventre de minha mãe; Vós me fizestes sair à luz, menino e nu, porque as leis da natureza seguem sempre os vossos preceitos.
Com a bênção do Espírito Santo preparastes a minha criação e a minha existência, não por vontade do homem, nem por desejo da carne, mas pela vossa graça inefável. Preparastes o meu nascimento com um cuidado superior ao das leis naturais, fizestes-me sair à luz do dia adoptando-me como vosso filho e me contastes entre os filhos da vossa Igreja santa e imaculada.
Vós me alimentastes com o leite espiritual dos vossos divinos ensinamentos. Vós me sustentastes com o vigoroso alimento do Corpo de Cristo, nosso Deus, vosso Filho Unigénito, e me inebriastes com o cálice divino do seu Sangue vivificante, que Ele derramou pela salvação de todo o mundo.
Porque Vós, Senhor, nos amastes e nos destes o vosso único e amado Filho para nossa redenção, que Ele aceitou voluntariamente e livremente; mais ainda, Ele mesmo Se ofereceu em sacrifício como cordeiro inocente, porque sendo Deus Se fez homem e por sua vontade humana Se submeteu, tornando-Se obediente a Vós seu Pai, até à morte e morte de cruz.
E assim, Senhor Jesus Cristo, meu Deus, Vos humilhastes para me levardes aos ombros como ovelha perdida e me apascentastes em verdes pastagens; Vós me alimentastes com as águas da verdadeira doutrina por meio dos vossos pastores, aos quais Vós mesmo alimentais, para que, por sua vez, alimentem a vossa grei, escolhida e nobre.
Agora, Senhor, pela imposição das mãos do vosso sacerdote, Vós me chamastes para servir os vossos discípulos. Não sei por que razão me escolhestes; só Vós o sabeis.
Senhor, tornai mais leve o peso dos meus pecados, com que Vos ofendi tão gravemente; purificai o meu coração e a minha inteligência. Sede para mim como uma lâmpada luminosa que me conduz pelo recto caminho.
Ponde as vossas palavras nos meus lábios; dai-me uma linguagem clara e fácil, mediante a língua de fogo do vosso Espírito, para que a vossa presença sempre me assista.
Apascentai-me, Senhor, e apascentai Vós comigo, para que o meu coração não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; que o vosso Espírito me conduza pelo recto caminho e as minhas obras se realizem segundo a vossa vontade até ao último momento.
E Vós, nobre vértice da mais íntegra pureza, ilustre assembleia da Igreja, que esperais a ajuda de Deus, Vós, em quem Deus habita, recebei das nossas mãos a doutrina da fé, que fortifica a Igreja, tal como no-la transmitiram os nossos pais.

Das cartas de São Francisco Xavier, presbítero, a Santo Inácio


Ai de mim se não anunciar o Evangelho

Viemos por povoações de cristãos, que se converteram há uns oito anos. Nestes sítios não vivem portugueses, por a terra ser muitíssimo estéril e extremamente pobre. Os cristãos destes lugares, por não terem quem os instrua na nossa fé, somente sabem dizer que são cristãos. Não têm quem lhes diga Missa e, ainda menos, quem lhes ensine o Credo, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e os Mandamentos. Quando eu chegava a estas povoações, baptizava todas as crianças por baptizar. Desta forma, baptizei uma grande multidão de meninos que não sabiam distinguir a mão direita da esquerda. Ao entrar nos povoados, as crianças não me deixavam rezar o Ofício divino, nem comer, nem dormir, e só queriam que lhes ensinasse algumas orações. Comecei então a saber por que é deles o reino dos Céus. Como seria ímpio negar-me a pedido tão santo, comecei pela confissão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pelo Credo, Pai-nosso, Ave-Maria, e assim os fui ensinando. Descobri neles grande inteligência. Se houvesse quem os instruísse na fé, tenho por certo que seriam bons cristãos.
Muitos deixam de se fazer cristãos nestas terras, por não haver quem se ocupe de tão santas obras. Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz como homem que perdeu o juízo e, principalmente, à Universidade de Paris, falando na Sorbona aos que têm mais letras que vontade para se disporem a frutificar com elas. Quantas almas deixam de ir à glória e vão ao inferno por negligência deles! E, se assim como vão estudando as letras, estudassem a conta que Deus Nosso Senhor lhes pedirá delas e do talento que lhes deu, muitos se moveriam a procurar, por meio dos Exercícios Espirituais, conhecer e sentir dentro de suas almas a vontade divina, conformando-se mais com ela do que com suas próprias afeições, dizendo: «Senhor, eis-me aqui; que quereis que eu faça? Mandai-me para onde quiserdes; e se for preciso, até mesmo para a Índia».

(Cartas de 20 de Out. de 1542 e 15 de Janeiro de 1544: Epist. S. Francisci Xaverii aliaque eius scripta, ed. G. Schurhammer — I. Wicki, t. I: «Mon. Hist. Soc. Iesu» 67, Romae, 1944, pp. 147-148; 166-167)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Faleceu: Porto Moniz

Faleceu: ENCARNAÇÃO DE LIMA FRANGO  da Vila. O seu funeral será amanhã, Sábado pelas 15h00 na Igreja Paroquial da Vila. A toda a sua Família apresentamos as nossas condolências. Dá-lhe Senhor o Descanso Eterno

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dedicação da Basílica de São João Latrão


Dos Sermões de São Cesário de Arles, bispo
(Sermo 229, 1-3: CCL 104, 905-908) (Séc. VI)
Somos todos pelo Baptismo templos de Deus
 Pela graça de Cristo, irmãos caríssimos, celebramos hoje com alegria e júbilo o dia aniversário da consagração deste templo. Mas nós é que devemos ser o templo vivo e verdadeiro de Deus. Com razão, porém, as comunidades cristãs celebram fielmente a solenidade da Igreja Mãe, pois sabem que renasceram espiritualmente por meio dela. Pelo primeiro nascimento éramos vasos da ira de Deus, mas pelo segundo convertemo-nos em vasos da sua misericórdia. O primeiro nascimento gerou nos para a morte; o segundo restituiu nos à vida.Todos nós fomos templo do diabo antes do Baptismo, mas depois do Baptismo merecemos ser templos de Cristo; e, se pensarmos com mais interesse na salvação da nossa alma, tomamos consciência de que somos realmente o templo verdadeiro e vivo de Deus. Deus não habita só em templos edificados pelos homens, nem em casas construídas de madeira ou de pedra, mas principalmente na alma feita à imagem de Deus e por sua própria mão. Assim diz, com efeito, o apóstolo São Paulo: O templo de Deus é santo, e vós sois esse templo.Se Cristo, com a sua vida, expulsou o diabo dos nossos corações, a fim de preparar em nós um templo para Si, trabalhemos com a sua ajuda quanto pudermos para que Ele não seja ofendido em nós com as nossas obras más. Na verdade, todo aquele que pratica o mal ofende a Cristo. Como já disse, antes de Cristo nos resgatar fomos casa do diabo. Depois merecemos ser casa de Deus, porque Ele Se dignou fazer de nós a sua morada.
Por isso, irmãos, se desejamos celebrar com alegria o aniversário deste templo, não devemos destruir em nós, com obras más, os templos vivos de Deus. E direi isto de maneira que todos possam compreender: sempre que vimos à igreja, devemos preparar bem a nossa alma, tal como gostamos de ver adornado o templo de Deus. Queres encontrar a basílica limpa? Então não queiras sujar a tua alma com a imundície do pecado. Se queres que a basílica esteja luminosa, também Deus deseja que a tua alma não esteja nas trevas, como diz o Senhor no Evangelho: brilhe em nós a luz das boas obras e seja glorificado Aquele que está nos Céus. Assim como tu entras nesta igreja, também Deus quer entrar na tua alma, como prometeu: Estabelecerei a minha morada no meio deles e viverei com eles.



Nota Histórica

Segundo uma tradição que remonta ao século XII, celebra se neste dia o aniversário da dedicação da basílica de Latrão, construída pelo imperador Constantino. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu se à Igreja de rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada «a igreja mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe» e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu S. Inácio de Antioquia, «preside à assembleia universal da caridade».                                                    

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Informação da Câmara Municipal do Porto Moniz


Caro(a) Munícipe,

Na sequência da forte precipitação que se fez sentir no Porto Moniz, ocorram danificações na rede de abastecimento de água potável, em algumas localidades. Face a estas ocorrências haverão falhas no abastecimento de água potável nos seguintes sítios/ freguesias:

- Ribeira da Janela, em toda a freguesia. A intervenção está a ser realizada, mas não há uma data específica para a sua
reposição.

- Porto Moniz, nos sítios da Vila, Lamaceiros, e demais zonas cujo abastecimento é realizado com a água proveniente da ETA dos Lamaceiros, atendendo a que uma quebrada que ocorreu na levada de onde é captada a água para tratamento, está a impedir a sua passagem. A intervenção está a ser realizada, mas não há uma data específica para a sua reposição.

- Seixal, a intervenção está a ser realizada, mas não há uma data específica para a sua reposição.


Face ao exposto, apela-se à população em geral, à racionalização no consumo de água e à compreensão até que o fornecimento de água seja restabelecido.

O executivo da Câmara Municipal do Porto Moniz agradece também a todos a partilha desta mensagem.

Obrigado.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Faleceu: Santa


Faleceu: Maria Gonçalves da Costa, do Sitio da Santa. O seu funeral será amanhã, Quinta-feira pelas 16h00 na Igreja Paroquial da Santa. A toda a sua Família apresentamos as nossas condolências.
Dá-lhe Senhor o Descanso Eterno

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Oração Semana dos Seminários 2012


Ó Maria,
vós sois feliz porque acreditastes,
primeira na fé em Cristo,
a imagem e a figura da Igreja crente.
Rogai a Deus por nós,
para que sejamos firmes na fé,
na alegria do encontro com Cristo.

Ó Maria,
vós sois a Mãe de Cristo Sacerdote,
a humilde Serva do Senhor,
a Mãe da Igreja crente.
Rogai a Deus pelos sacerdotes,
para que sejam servos da fé dos irmãos,
na alegria de crer e no entusiasmo de comunicar a fé.

Ó Maria,
vós sois a mulher do “Sim” total a Deus,
sempre disponível à vontade do Pai,
a Rainha de todas as Vocações.
Rogai a Deus pelos seminaristas,
para que reconheçam o amor de Deus,
na resposta decidida à sua vocação.
Ámen

Semana dos Seminários 2012


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

COMUNICADO DO CONSELHO PRESBITERAL


O Conselho Presbiteral da Diocese do Funchal esteve, hoje, reunido em sessão ordinária, presidida pelo Bispo Diocesano, D. António Carrilho.
Tendo sido feita a leitura e aprovação da acta da reunião anterior, o Conselho fez um ponto da situação do desenvolvimento dos trabalhos da comissão de estudo para a "Renovação das Festas e Tradições". Apresentou-se a síntese da consulta àqueles que mais directamente estão ligados à organização e à realização das festas, da qual saíram algumas linhas orientadoras que irão agora para a reflexão nos arciprestados.
Num segundo ponto procedeu-se a uma breve avaliação do ano pastoral transacto. Em termos gerais a avaliação foi muito positiva. Destacou-se o empenho dos vários arciprestados na concretização local e paroquial das várias linhas propostas, referindo que não ficam circunscritas ao ano, mas continuam activas no âmbito da pastoral geral. Realçou-se ainda a grande dinamização colocada na Festa das Famílias. Em relação a este ano relembraram-se as várias propostas e constatou-se que os arciprestados já estão empenhados e dinamizados para a sua concretização, através das várias actividades já programadas.
No que diz respeito a orientações pastorais acerca da Realização de concertos nas igrejas, capelas e reitorias e à Preparação e Celebração dos sacramentos da iniciação cristã, após algumas observações, as mesmas continuam em estudo nos arciprestados para aprovação próxima.
Ao conselho foi apresentado o documento da Pontifícia obra para as Vocações Sacerdotais, lançado no mês de Março e intitulado “Orientações Pastorais para a promoção das vocações sacerdotais”. Acentuou-se, de maneira concreta, as indicações pastorais que o documento propõe no III Capítulo, recolhidas das experiências partilhadas a nível Europeu.
No último ponto da agenda foi abordado o destino a dar à renúncia do Advento, tendo o conselho proposto, por unanimidade, o seu encaminhamento para o Fundo Social Diocesano.
A finalizar a sessão, foram dadas algumas informações relacionadas com a exposição “Bíblia em Festa”, patente neste momento na Calheta e, futuramente, em Machico e no Funchal: Foram ainda apresentadas as indulgências propostas pela Penitenciaria Apostólica, no âmbito do Ano da Fé, com o intuito de promover nos fiéis uma renovação espiritual que produza frutos mais abundantes, neste ano especial de celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II.
Concluiu-se o Conselho, marcando a próxima sessão para o dia 13 de Março de 2012.

Funchal, 24 de Outubro de 2012.
Secretariado Permanente.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Poema de Acção de Graças à Irmã Wilson


A querida Boa Mãe
É este tempo sem hora
E uma Mãe sem limite
Então não pode ir embora

É a luz que não se apaga
Quando sopra o vento forte
E a grande chuva desaba
Sempre em nosso pensamento

O morrer sempre acontece
Com o que é breve e passa
Continuas entre nós
Em favor da tua graça

Ficarás sempre connosco
Na verdade do teu amor
Pede a Deus por todos nós
Leva-nos todos ao Senhor

Obrigado meu Bom Deus
Por tal dom à tua Igreja
Por esta brilhante luz
No amor que se deseja

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Comunhão na mão


Em 10 de Outubro de 1975, a Conferência Episcopal Portuguesa obteve licença para os fiéis de Portugal poderem comungar na mão. O texto respectivo é acompanhado das seguintes normas:

  • A introdução do rito da comunhão na mão deve ser precedida de uma catequese oportuna, capaz de renovar o espírito de fé na Eucaristia, que se há-de manifestar até na maneira de os fiéis aceitarem em suas próprias mãos o Corpo do Senhor.


  • Esta maneira de comungar não deve ser imposta aos fiéis, pois a eles se deve deixar a escolha sobre a forma de receber a Eucaristia. Deste modo, não será de estranhar que, numa mesma celebração, haja quem receba a sagrada partícula na língua e quem a receba na mão. O ministro que distribui a comunhão nunca deve impor os seus gostos e preferências, nem substituir-se à vontade livre dos comungantes.


  • Quanto à comunhão na mão, pastores e fiéis devem preocupar-se em realizar o gesto de maneira digna e significativa. Para tanto, e segundo a antiga tradição, o ministro colocará o Pão consagrado na mão do fiel, o qual comungará antes de regressar ao seu lugar, por não parecer conveniente que o faça enquanto caminha, devendo ter ainda todo o cuidado com os fragmentos que eventualmente se desprendam (Nota pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa: Lumen, 1975, p. 460: EDREL 2823).

O dia litúrgico em geral

1. O dia litúrgico começa à meia-noite e termina na meia-noite seguinte. Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente (AC 3: EDREL 633). O domingo 

2. O domingo deve considerar-se como o dia de festa primordial (AC 4: EDREL 634). Pela sua peculiar importância, o domingo cede a sua celebração somente às solenidades e às festas do Senhor. Mas os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm a precedência sobre todas as festas do Senhor e sobre todas as solenidades. As solenidades que coincidem com estes domingos são transferidas para a segunda-feira seguinte, excepto quando se trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor (AC 5: EDREL 635).

As solenidades, as festas e as memórias  

3. As celebrações, segundo a importância que lhes é atribuída, distinguem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória (AC 10: EDREL 640). 

4. As solenidades são os dias principais. A sua celebração inicia-se com as Vésperas I no dia anterior. Algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas (AC 11: EDREL 641). 

5. As festas celebram-se dentro do limite do dia natural; não têm, portanto, Vésperas I, a não ser que se trate de festas do Senhor que coincidem com um domingo do Tempo Comum ou do Tempo do Natal; neste caso substituem o Ofício do domingo (AC 13: 643). 

6. As memórias são obrigatórias ou facultativas; a sua celebração ordena-se com a das férias ocorrentes, segundo as normas descritas nas Instruções gerais do Missal Romano e da Liturgia das Horas. As memórias obrigatórias que coincidem com as férias da Quaresma só podem ser celebradas como memórias facultativas. Quando ocorrem no mesmo dia várias memórias facultativas, só uma delas pode ser celebrada, omitindo as outras (AC 14: EDREL 644). 

7. Nos sábados do Tempo Comum, em que não ocorre uma memória obrigatória, pode celebrar-se a memória facultativa de Nossa Senhora (AC 15: EDREL 645). As férias 

8. Os dias da semana que se seguem ao domingo chamam-se férias; a sua celebração difere segundo a importância de cada uma (AC 16: EDREL 646). O Tríduo pascal

9. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor inicia-se com a Missa da Ceia do Senhor, tem o seu centro na Vigília Pascal e termina nas Vésperas do domingo da Ressurreição (AC 19: EDREL 649). 

O Tempo Pascal 

10. Os cinquenta dias que se prolongam desde o domingo da Ressurreição até ao domingo do Pentecostes celebram-se na alegria e exultação como um único dia de festa, melhor, como «um grande Domingo» (AC 22: EDREL 652).
11. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da Páscoa e celebram-se como solenidades do Senhor (AC 24: EDREL 654). 

O Tempo da Quaresma 

12. O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas até à Missa da Ceia do Senhor exclusive (AC 28: EDREL 658). 

O Tempo do Natal 

13. O Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do Senhor até ao domingo depois da Epifania, isto é, até ao domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro inclusive (AC 33: EDREL 663). 

O Tempo do Advento 

14. O Tempo do Advento começa com as Vésperas I do domingo que ocorre no dia 30 de Novembro ou no mais próximo a este dia e termina antes das Vésperas I do Natal do Senhor (AC 40: EDREL 670). 

O Tempo Comum 

15. O Tempo Comum começa na Segunda-feira a seguir ao domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à Terça- feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na Segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento (AC 44: EDREL 674). 

As Rogações e as Quatro Têmporas 

16. Para que as Rogações e as Quatro Têmporas se adaptem às diversas necessidades dos fiéis, é conveniente que as Conferências Episcopais determinem o tempo e o modo de as celebrar (AC 46: EDREL 676). 

Assim, a Conferência Episcopal Portuguesa decidiu: 
a) manter as Rogações, embora reduzindo a um só dia a sua celebração; 
b) fixar essa celebração na Quinta-feira após o VI Domingo da Páscoa, podendo rezar-se ou cantar-se as Ladainhas dos Santos e fazer-se a procissão, conforme o costume antigo, porventura com a bênção dos campos; 
c) sugerir que se usem os textos indicados pelo Missal Romano para a Missa pela santificação do trabalho humano e para a Missa em qualquer necessidade, ou, no caso de não haver Missa, que se faça uma celebração da Palavra adequada, devendo, em ambos os casos, escolher-se as respectivas leituras entre as que são propostas pelo Leccionário;
d) suprimir a celebração litúrgica das Quatro Têmporas. Ocorrência de celebrações litúrgicas 

17. Quando no mesmo dia coincidem várias celebrações, faz-se aquela que na tabela dos dias litúrgicos tem precedência (AC 60: EDREL 690). 

18. Se em determinado ano uma solenidade for impedida por um dia litúrgico que tenha precedência sobre ela, transfere-se para o dia mais próximo que esteja livre das celebrações enumeradas nos nn. 1-8 da referida tabela. As outras celebrações omitem-se nesse ano (AC 60: EDREL 690). 
19. As solenidades que coincidem com os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa são transferidas para a segunda-feira seguinte, excepto quando se trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor (AC 5: EDREL 635). 

20. Quando no mesmo dia coincidem as Vésperas do Ofício corrente com as Vésperas I do dia seguinte, celebram-se as Vésperas da celebração que, na tabela dos dias litúrgicos, tem precedência; em caso de igualdade, celebram-se as Vésperas do dia corrente (AC 61: EDREL 691). 

Transferência para os domingos do Tempo Comum de celebrações que ocorrem num dia de semana 

21. Para o bem pastoral dos fiéis, podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num dia de semana e que são de especial devoção dos fiéis, contanto que estas celebrações, na tabela dos dias litúrgicos, tenham precedência sobre os domingos (AC 58: EDREL 688).

Nada te Turbe - Santa Teresa de Ávila Música de Marco Frisina

Festa de Nossa Senhora de Fátima 2013


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Hino Ano da Fé (Português)

Excerto da Homilia do Papa João Paulo II na Sua Beatificação


“"Tu és bom e generoso no perdão" (Ant. de entrada). Contemplamos hoje na glória do Senhor outro Pontífice, João XXIII, o Papa que conquistou o mundo pela afabilidade dos seus modos, dos quais transparecia a singular bondade de ânimo. Os desígnios divinos quiseram que a beatificação unisse dois Papas que viveram em contextos históricos muito diferentes, mas relacionados, além das aparências, por não poucas semelhanças a nível humano e espiritual. É conhecida a profunda veneração que o Papa João tinha pelo Papa Pio IX, do qual desejava a beatificação. Durante um retiro espiritual, em 1959, escrevia no seu Diário:  "Penso sempre em Pio IX de santa e gloriosa memória, e imitando-o nos seus sacrifícios, desejaria ser digno de celebrar a sua canonização" (Jornal da Alma, Ed. S. Paulo, 2000, p. 560).
Do Papa João permanece na memória de todos a imagem de um rosto sorridente e de dois braços abertos num abraço ao mundo inteiro. Quantas pessoas foram conquistadas pela simplicidade do seu ânimo, conjugada com uma ampla experiência de homens e de coisas! A rajada de novidade dada por ele não se referia decerto à doutrina, mas ao modo de a expor; era novo o estilo de falar e de agir, era nova a carga de simpatia com que se dirigia às pessoas comuns e aos poderosos da terra. Foi com este espírito que proclamou o Concílio Vaticano II, com o qual iniciou uma nova página na história da Igreja:  os cristãos sentiram-se chamados a anunciar o Evangelho com renovada coragem e com uma atenção mais vigilante aos "sinais" dos tempos. O Concílio foi deveras uma intuição profética deste idoso Pontífice que inaugurou, no meio de não poucas dificuldades, uma nova era de esperança para os cristãos e para a humanidade.
Nos últimos momentos da sua existência terrena, ele confiou à Igreja o seu testamento:  "O que tem mais valor na vida é Jesus Cristo bendito, a sua Santa Igreja, o seu Evangelho, a verdade e a bondade". Também nós hoje queremos receber este testamento, enquanto damos graças a Deus por no-lo ter dado como Pastor.

Beato João XXIII


Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897.
De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar. Recebeu a Ordenação sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas várias visitas pastorais e colaborando em múltiplas iniciativas apostólicas:  sínodo, redacção do boletim diocesano, peregrinações, obras sociais. Às vezes era também professor de história eclesiástica, patrologia e apologética. Foi também Assistente da Acção Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.
Naqueles anos aprofundou-se no estudo de três grandes pastores:  São Carlos Borromeu (de quem publicou as Actas das visitas realizadas na diocese de Bérgamo em 1575), São Francisco de Sales e o então Beato Gregório Barbarigo. Após a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministério sacerdotal dedicado ao magistério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas.
Em 1915, quando a Itália entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitário e nomeado capelão militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado director espiritual do Seminário.
Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários.
Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis.
Tendo recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Actuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um ministério marcado pela táctica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele.
Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia:  era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presença activa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica. Em 1944 Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris.
Durante os últimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar.
Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores:  São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X.
Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra".
Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963.