quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Calendário Pastoral 2012-2013

Mensagem de D. Manuel Clemente sobre Nova Evangelização

Mensagem de D. Manuel Clemente sobre Nova Evangelização

Pagela para o 2º ano de preparação para os 500 anos da Diocese


Devemos ser simples, humildes e puros


Estátua de São Francisco, em Assis
O Pai altíssimo, pelo seu arcanjo São Gabriel, anunciou à santa e gloriosa Virgem Maria que o seu Verbo, tão santo, digno e glorioso, ia descer do Céu. Do seio de Maria tomou Ele a carne verdadeira da nossa humanidade e fragilidade. Sendo Ele mais rico que tudo, quis no entanto escolher a pobreza com sua Mãe bem-aventurada. E ao aproximar se a sua paixão celebrou a Páscoa com os discípulos. Depois rezou ao Pai, dizendo: Pai, se é possível, afaste se de mim este cálice.
Submeteu todavia a sua vontade à vontade do Pai. Ora, a vontade do Pai foi esta: que seu Filho bendito e glorioso, que Ele nos tinha dado e que por nós nascera, Se oferecesse pelo seu próprio sangue como sacrifício e hóstia no altar da cruz, não por Si mesmo – Ele tinha criado todas as coisas – mas pelos nossos pecados, deixando-nos o exemplo para seguirmos os seus passos. E quer que todos sejamos salvos por Ele e que O recebamos de coração puro e corpo casto.
Como são felizes e abençoados os que amam o Senhor e praticam o que o mesmo Senhor diz no Evangelho: Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo. Amemos portanto a Deus e adoremo l’O de coração puro e alma simples, porque é isso o que Ele deseja acima de tudo, quando afirma: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Por conseguinte, todos os que O adoram devem adorá l’O em espírito e verdade. Dia e noite elevemos para Ele os nossos louvores e preces, dizendo: Pai-nosso, que estais no Céu, porque é preciso orar sempre e não desfalecer.
Além disso, façamos frutos dignos de penitência. Amemos o próximo como a nós mesmos. Sejamos caridosos e humildes e dêmos esmola, porque a esmola lava as almas da imundície do pecado. Na verdade, os homens perdem tudo o que deixam neste mundo, mas levam consigo o preço da sua caridade e das esmolas que fizeram, e por elas receberão do Senhor recompensa e digna remuneração.
Não devemos ser sábios e prudentes segundo a carne, mas procuremos antes ser simples, humildes e puros. Nunca devemos desejar estar acima dos outros, mas devemos antes ser servos e súbditos de toda a criatura humana por amor de Deus. E sobre todos aqueles que assim procederem e perseverarem até ao fim, repousará o Espírito do Senhor, que neles fará sua habitação e morada, e serão filhos do Pai celeste, cujas obras imitam; eles são esposos, irmãos e mães de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Da Carta de São Francisco de Assis a todos os fiéis
(Opuscula, ed. Quaracchi, 1949, 87-94) (Sec. XIII)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

9 perguntas sobre o Ano da Fé


No próximo dia 11 de Outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A um mês do início, respostas às perguntas que surgem.

1. O que é o Ano da Fé?
O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).

2. Quando se inicia e
 quando termina?
Inicia-se a 11 de Outubro de 2012 e terminará a 24 de Novembro de 2013.

3. Por que nessas datas?
 
Em 11 de Outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de Novembro, será a solenidade de Cristo Rei.

4. Por que é que o Papa convocou este ano?
Enquanto que, no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo".

5. Quais meios assinalou o Santo Padre?
Como expôs no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.

6. Onde terá lugar?
Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".

7. Onde encontrar indicações mais precisas?
Numa nota publicada pela Congregação para a doutrina da fé.
Aí se propõe, por exemplo: 
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, inclusive a nível  popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo património artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de carácter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.

8. Que documentos posso ler por agora?
- O motu proprio de Bento XVI "Porta Fidei"
- A nota com indicações pastorais para o Ano da Fé
- O Catecismo da Igreja Católica
- 40 Resumos sobre a fé cristã

9. Onde posso obter mais informação?


Guardem-te nos teus caminhos


Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens. Dêem graças e digam entre os gentios: Grandes coisas fez por eles o Senhor. Senhor, que é o homem para Vos dardes a conhecer a ele? Ou por que motivo pensa nele o vosso coração? Pensais nele, sois solícito para com ele, tendes cuidado dele. Finalmente enviais lhe o vosso Unigénito, infundis lhe o vosso Espírito, prometeis lhe a visão do vosso rosto. E para que nenhum dos seres celestiais deixe de manifestar solicitude para connosco, enviais os espíritos bem-aventurados para que nos sirvam, nos guardem e nos guiem.
Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Quanta reverência, devoção e confiança devem inspirar te estas palavras! Veneração pela presença, devoção pela benevolência, confiança pela protecção. Estão portanto presentes; e estão a teu lado, não só contigo como companhia, mas também para ti como protecção. Estão presentes para te proteger, estão presentes para te favorecer. É certo que eles estão a cumprir um mandato do Senhor, mas devemos mostrar lhes a nossa gratidão pelo grande amor com que obedecem e nos socorrem em tantas necessidades.
Sejamos pois dedicados e agradecidos a tão dignos custódios; correspondamos ao seu amor, honremo-los quanto pudermos, quanto devemos. Dirijamos, porém, todo este amor e veneração ao Senhor, de quem depende inteiramente, tanto para nós como para os Anjos, a graça de O podermos amar e venerar e o mérito para sermos amados e venerados.
Portanto, irmãos, amemos n’Ele os seus Anjos como futuros herdeiros connosco e agora advogados e protectores que o Pai designou e colocou ao nosso lado. Agora já somos filhos de Deus, embora não se manifeste ainda o que havemos de ser com Ele na glória; somos filhos de menoridade, ainda sob a protecção de advogados e tutores, como se em nada nos distinguíssemos dos servos.
Mas, apesar de sermos como crianças e de nos faltar ainda um caminho tão longo e tão perigoso, que havemos de temer sob o patrocínio de tão excelsos custódios? Não podem ser vencidos nem enganados e muito menos enganar nos aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, prudentes, poderosos; porquê recear? Basta segui-los e acolhermo-nos a eles e habitaremos sob a protecção do Deus do Céu.

Dos Sermões de São Bernardo, abade, Sermo 12 in psalmum 
Qui habitat, 3.6-8: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4 [1966] 458-462) (Sec. XII)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

No coração da Igreja eu serei o amor

Sta. Teresinha aos 15 anos

Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo... Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.
Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo Apóstolos, Profetas, Doutores, etc. que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.
Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar vos um caminho mais excelente. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.
Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguira reconhecer me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar me com todos eles. A caridade ofereceu me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.
Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho.

Da autobiografia de Santa Teresa do Menino Jesus
(Manuscritos autobiográficos, Lisieux 1957, 227-229) (Séc. XIX)

Homenagem

Homenagem feita pela população da Paróquia das Achadas da Cruz aos Bombeiros e outros Organismos que combateram os incêndios de Julho, realizada no dia 12 de Agosto deste ano de 2012.

Um Grande Obrigado em nome de Toda a População a estes Heróis

Catequese Paroquial

Calendário Pastoral 2012-2013