sábado, 14 de setembro de 2013
EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ 14 Setembro
Nota Histórica
Foi
na Cruz que Jesus Cristo ofereceu ao Pai o Seu Sacrifício, em expiação dos
pecados de todos os homens. Por isso, é justo que veneremos o sinal e o
instrumento da nossa libertação.
Objecto
de desprezo, patíbulo de infâmia, até ao momento em que Jesus «obediente até à
morte» nela foi suspenso, a Cruz tornou-se, desde então, motivo de glória, pólo
de atracção para todos os homens.
Ao
celebrarmos esta festa, nós queremos proclamar que é da cruz, «sinal do amor
universal de Deus, fonte de toda a graça» (N.A., 4) que deriva toda a vida de
Igreja. Queremos também manifestar o nosso desejo de colaborar com Cristo na
salvação dos homens, aceitando a Cruz, que a carne e o mundo fizeram pesar
sobre nós (G.S. 38).
Liturgia das horas
Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo (Sermão 10,
na Exaltação da Santa Cruz:
PG 97, 1018-1019.1022-1023) (Séc. VIII)
PG 97, 1018-1019.1022-1023) (Séc. VIII)
A cruz é a glória e a exaltação de Cristo
Celebramos a
festa da santa cruz, que dissipou as trevas e nos restituiu a luz. Celebramos a
festa da santa cruz, e juntamente com o Crucificado somos elevados para o alto,
para que, deixando a terra do pecado, alcancemos os bens celestes. Tão grande é
o valor da cruz, que quem a possui, possui um tesouro. E chamo a justamente
tesouro, porque é na verdade, de nome e de facto, o mais precioso de todos os
bens. Nela está a plenitude da nossa salvação e por ela regressamos à dignidade
original.
Com efeito,
sem a cruz, Cristo não teria sido crucificado. Sem a cruz, a Vida não teria
sido cravada no madeiro. E se a Vida não tivesse sido crucificada, não teriam
brotado do seu lado aquelas fontes de imortalidade, o sangue e a água, que
purificam o mundo; não teria sido rasgada a sentença de condenação escrita pelo
nosso pecado, não teríamos alcançado a liberdade, não poderíamos saborear o
fruto da árvore da vida, não estaria aberto para nós o Paraíso. Sem a cruz, não
teria sido vencida a morte, nem espoliado o inferno.
Verdadeiramente grande e preciosa realidade é a santa
cruz! Grande, porque é a origem de bens inumeráveis, tanto mais excelentes
quanto maior é o mérito que lhes advém dos milagres e dos sofrimentos de
Cristo. Preciosa, porque a cruz é simultaneamente o patíbulo e o troféu de
Deus: o patíbulo, porque nela sofreu a morte voluntariamente; e o troféu,
porque nela foi mortalmente ferido o demónio, e com ele foi vencida a morte. E
deste modo, destruídas as portas do inferno, a cruz converteu se em fonte de
salvação para todo o mundo.
A cruz é a glória de Cristo e a exaltação de Cristo. A
cruz é o cálice precioso da paixão de Cristo, é a síntese de tudo quanto Ele
sofreu por nós. Para te convenceres de que a cruz é a glória de Cristo, ouve o
que Ele mesmo diz: Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi
glorificado n’Ele e em breve O glorificará. E também: Glorifica me, ó Pai, com
a glória que tinha junto de Ti, antes de o mundo existir. E noutra passagem:
Pai, glorifica o teu nome. Veio então uma voz do Céu: ‘Eu O glorifiquei e de
novo O glorificarei’.
E para saberes que a cruz é também a exaltação de
Cristo, escuta o que Ele próprio diz: Quando Eu for exaltado, então atrairei
todos a Mim. Como vês, a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.
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